O governo Lula (PT) elevou o orçamento de comunicação da Presidência para a cifra recorde de quase R$ 876 milhões em 2025, um aumento de mais de R$ 116 milhões. Este valor, o maior já registrado desde 2017, supera em mais de 45% a verba reservada no ano passado. A mega-ampliação ocorre às vésperas do ano eleitoral, levantando sérias suspeitas sobre o uso de dinheiro público para desequilibrar a disputa de 2026.
Para bancar a nova gastança, o Planalto realizou movimentações de R$ 2,4 bilhões, sacrificando o orçamento de órgãos essenciais. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por exemplo, sofreu corte de R$ 190 milhões, ameaçando serviços básicos e o processamento de benefícios. Enquanto isso, a Polícia Federal busca desesperadamente R$ 97,5 milhões para emissão de passaportes, e o Ministério da Educação não tem verba completa para a compra de material didático.
A prioridade do Planalto agora é a propaganda digital, sob a gestão de Sidônio Palmeira, com a meta de “turbinar a comunicação”. O governo aposta maciçamente na contratação de influencers e na produção de vídeos virais, como o polêmico “teste de fidelidade” adaptado para as redes sociais. Esta estratégia inclui um novo e oneroso contrato de R$ 100 milhões por ano para que agências produzam cerca de 3.000 vídeos anuais.
Somente a conta de publicidade da Secom consome R$ 562 milhões anuais. A verba, que recebeu um aporte recente de R$ 90 milhões, visa atingir o público com pautas como Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida. Esta movimentação exorbitante se encaixa perfeitamente na busca de Lula por um quarto mandato, já que o próprio presidente confirmou que disputará ativamente as eleições de 2026.
A Secom tentou amenizar a situação, alegando que parte do orçamento havia sido bloqueada e que as alterações não são substanciais, cumprindo a legislação. Contudo, o destino de verbas como os R$ 85 milhões para a campanha “Brasil Soberano” e o investimento na criação de conteúdo viral evidenciam a priorização da propaganda e do projeto político sobre as necessidades urgentes da população. (Com informações da Folha)